Nas eleições holandesas para o parlamento europeu (que aconteceram antes do resto da Europa), o assim chamado "Partido da Liberdade" (PVV), do líder populista Geert Wilders, foi o partido que mais cresceu, pulando de nenhuma para quatro cadeiras (de um total de 25 assentos holandeses). O PVV foi considerado o grande vencedor da eleição, apesar de o mais votado ter sido o CDA (o partido do primeiro-ministro Balkanende, tão conservador que tem "cristão" no nome), com 5 cadeiras (perdeu duas). O maior perdedor da eleição foi o PvdA (Partido do Trabalho), que baixou sua representação de 7 para 4 deputados.
Alguns analistas dizem que na eleição européia da Holanda ocorre uma polarização os pró e os anti-Europa. Os prós seriam cosmopolitas e interessados em questões como meio ambiente, os anti seriam nacionalistas e preocupados com segurança e imigração. Os dois partidos que mais cresceram foram o PVV (anti) e o D66 (pró), dois partidos que não são tradicionais como PvdA, CDA ou VVD. Outros destacam a divisão na Randstad (a conurbação formada por Amsterdam, Rotterdam, Utrecht e Den Haag): em Rotterdam e Den Haag o PVV se afirmou, enquanto em Amsterdam e Utrecht o PvdA (Partido do Trabalho) e o GroenLinks (Esquerda Verde) se saíram melhor. Amsterdam e Utrecht são consideradas cidades mais cosmopolitas, com grandes universidades e os chamados "trabalhadores criativos", enquanto Rotterdam é estereotipada como cidade de estivadores e banqueiros.
Com um governo cristão em casa e uma bancada com forte peso populista em Bruxelas, pode-se ver que a onda conservadora na Holanda é forte, e parece que foi insuflada pela crise do capitalismo financeiro. O fascismo está sempre à espreita no capitalismo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário