quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Os corvos

Praticamente todos os dias vejo corvos por aqui. A associação com um de meus poemas favoritos e uma de minhas músicas favoritas foi imediata. São eles O corvo (Poe), e Ramilonga (Ramil). No poema de Poe, o corvo traz a angústia pela ausência de Lenore: nevermore! Ramil, inspirado por Poe, compôs um corvo-canção na qual a ave abandona Porto Alegre e canta seus bairros, enquanto os sobrevoa, em versos de milonga: nunca mais, nunca mais!

P.S.: evitar a tradução de Machado de Assis, que é muito ruim. A de Milton Amado é bem melhor.

Vitor Ramil - Ramilonga

Haia

Junto com gente do Equador, Colômbia, Afeganistão e Albânia fui a Haia no meio da tarde. Nada mais adequado para visitar a sede dos tribunais internacionais do que uma excursão globalizada. Passada rápida, tem muito o que ver. Haia é a capital política da Holanda e residência da família real (argh!), e fica a 15 minutos de trem de Delft. É uma cidade com outra escala de grandeza, mas a organização, a limpeza e as bicicletas são as mesmas. Abaixo, nas duas primeiras fotos, está o Binnenhof, no coração político da Holanda, cuja construção acredita-se começou no século XIII. Na terceira pode-se ver um contraste interessante entre arquitetura antiga e contemporânea, bastante presente em Haia.






Feira

Aproveitando a folga deixada pelo teste de tuberculose, deu pra passar à tarde na feira das quintas no centro de Delft, e depois ir a Haia. Na feira tem de tudo, muitos queijos, pescados, roupas, peças para bicicletas.




Tuberculose, eu?

Como qualquer lugar do mundo, a Holanda não escapa de certos ridículos. Hoje todos os estudantes vindos de países pobres tiveram que fazer exame de tuberculose - os que sofrem da doença são deportados. Quem vem de país rico é dispensado do teste.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Silêncios

Começou pra valer o mestrado. Uma das coisas que fazemos são oficinas de discussão. Parece bobagem, mas em um ambiente com gente de tantos países diferentes realmente é necessário. Só para dar um exemplo, a maneira como o silêncio é considerado em diferentes culturas: anglo-saxônicos em geral sentem-se desconfortáveis com o silêncio, e tendem a preenchê-lo com alguma observação ou frase, mas a interrupção geralmente é considerada desrespeitosa; latinos em geral falam muito, e interrupções não exageradas são apreciadas, pois indicam interesse; orientais pensam que devem permanecer em silêncio não apenas enquanto ouvem o interlocutor, mas alguns instantes após, para indicar que está refletindo sobre o que ouviu; africanos tendem a assumir a cultura do colonizador, etc. Complicado.

domingo, 26 de outubro de 2008

De Hoge Veluwe

Os holandeses aqui se esmeram para promover a integração do grupo. Encerrando a semana introdutória do mestrado, passamos o final de semana em um hotel em Hoenderloo no meio do parque De Hoge Veluwe, a maior área natural da Holanda - o que não quer dizer muita coisa. O parque tem trilhas para bicicleta, fizemos 10 km. A paisagem é bem diferente daquelas dos trópicos ou dos sub-trópicos, mas também muito bonita, especialmente agora no outono. Também teve apresentação de toda a equipe do instituto, apresentação de grupo de dança folclórica holandesa, uns jogos meio sem graça e festa à noite.

No Hoge Veluwe pode-se ver o conceito das bicicletas brancas, que foi desenvolvido pelos PROVOS - grupo anarquista holandês dos anos 60. Bicicletas pintadas de branco foram espalhadas por Amsterdam. Essas bicicletas eram comunitárias, qualquer um poderia utilizá-las, e após o uso deixá-la à disposição do próximo usuário. A propriedade privada das bicicletas era quebrada. É importante lembrar a importância da bicicleta na Holanda para ter uma idéia do significado desse conceito - comunalizar bicicletas na Holanda é mais ou menos como comunalizar a cerveja no Brasil.
No parque não acontece exatamente a quebra da propriedade privada - pois é preciso pagar para entrar. Mas o sistema funciona bem: bicicletas brancas ficam à disposição dos visitantes do parque, que podem utilizá-las à vontade e colocá-las de volta em um dos estacionamentos após o uso.








sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sanduíche e pimenta

Os comentários sobre a culinária holandesa são geralmente lacônicos, comparando-a quase sempre com a inglesa. Dizem que os holandeses comem sanduíche no café da manhã, sanduíche no almoço e carne bom batatas e legumes no jantar - que é servido às 18 horas. Tudo bem que eles comem muito sanduíche, mas a verdade é que eles são muito bons. Caprichados nos bares, e os pães e frios comprados nos mercados - muitas opções - são muito saborosos. É muito dieferente da idéia que um brasileiro pode ter de "comer sanduíche".

Outra coisa que se nota é que tudo costuma ser apimentado. Provavelmente herança da Companhia Holandesa das Índias, talvez também influência da ex-colônia Indonésia. E, contrariando minhas expectativas, tem boa carne aqui, nem tão cara. Um bar é especializado em costelinha suína, com molhos variados - comi uma com molho de mel que estava muito boa. E aqui em Delft - não sei se é assim na Holanda inteira - é possível comer em restaurantes de muitas cozinhas nacionais: italiana, francesa, argentina (tem parrillada aqui!), grega, indonésia e outros.

Mais livros

Quando vi pela parede de vidro, caminhando pelo centro, pensei que fosse uma hipermegalivraria. Mas era melhor que isso: a biblioteca pública de Delft. Assim vai ser mais fácil aprender holandês. Também muitos livros em inglês, espanhol, alemão, francês. Passei horas lá dentro.



Clima holandês

Garoando o dia inteiro. Tenho que me acostumar com isso. Mas pra falar a verdade, acho que a cidade fica com um clima legal assim, meio dickensoniano. A torre da igreja ficava em meio ao nevoeiro. Outono ainda, coisas mais intensas virão.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Stroopwafels

Foi o prêmio que nosso grupo ganhou na semana introdutória do programa de mestrado, pela terceira melhor apresentação, com o tema "Learning and knowledge management for water" (Aprendizagem e gestão do conhecimento para a água).

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vai um broodje paling aí?

Sanduíche de enguia crua, com um pouquinho de cebola crua. Simples assim, mas muito bom.

Animais de estimação

Muitos cães aqui em Delft. Gatos também. Mas porco de estimação, seguindo a dona, só vi esse:


domingo, 19 de outubro de 2008

Um prefeito marroquino em Rotterdam

Como foi notícia até no Brasil - Zero Hora noticiou -, Rotterdam, o maior centro industrial e financeiro da Holanda terá um prefeito de origem marroquina, Ahmed Aboutale. Como já dito em outra postagem, há uma tensão étnica latente aqui na Holanda. Mais de um milhão de muçulmanos, principalmente turcos e marroquinos, vivem aqui, de um total de 16 milhões de habitantes. É fácil imaginar potenciais conflitos. A Holanda tem uma tradição de tolerância iluminista - é um país de históricos interesses comerciais globais - enquanto os muçulmanos pobres (que vieram como mão de obra barata, para fazer aquelas tarefas que os holandeses não queriam desempenhar), talvez tenham uma postura bastante diferente. O conflito tende a aumentar quando a mão de obra barata dos estrangeiros já não é mais necessária, em tempos de desemprego global. Soma-se a isso o envio de tropas holandesas para o Afeganistão e Iraque, mais os atentados de 11 de setembro e do assassinato de Pim Fortuyn, crítico direitista do islamismo, por um extremista islâmico em 2002, seguido daquele do diretor de cinema Theo van Gogh, que produziu um documentário sobre o primeiro caso, e tem-se um caldo bastante espesso.

Para piorar, reações francamente regressivas, proto-fascistas, de alguns grupos políticos holandeses. O Partij van der Vrijheid (PVV) - Partido da Liberdade - tem previsto em seu programa a luta contra a "islamização" da Holanda e a proibição de mesquitas e cultos religiosos em línguas estrangeiras - mas defende o aumento dos direitos dos animais. O líder Geert Wilders produziu um filme divulgado na internet, no qual citações do Corão supostamente incitando a violência são mescladas com imagens de atos terroristas e afins. O governo de centro-direita tratou de desvincular-se de Wilders e colocar as embaixadas em estado de alerta. O filme é bastante infantil, poderia ter sido feito de forma simétrica a partir da Bíblia cristã (ou de um manual de administração de empresas), e, ao final, pode-se dizer que a interpretação que faz dos trechos do Corão é tão fundamentalista quanto a dos terroristas islâmicos. Muito provavelmente o filme apenas alimentou ódios e ressentimentos. O PVV conquistou 9 cadeiras no parlamento holandês nas últimas eleições, de um total de 150. Até 2006 possuía apenas uma.

Em Rotterdam o PVV não possui nenhum representante no conselho municipal. Lá existe o Leefbaar Rotterdam, algo como "Rotterdam Viável", de extrema direita. O partido foi fundado em 2001 e nas eleições de 2002 já se tornou o maior partido da cidade, derrubando a liderança do Partij van der Arbeid (PvdA) - Partido do Trabalho -, de tendência social-democrata. Nas eleições de 2006 o PvdA voltou a ser o maior partido, mas o Leefbaar Rotterdam ainda possui 14 cadeiras de um total de 45, o segundo maior partido.

Assim, a nomeação do prefeito Aboutale não é isenta de muitas discussões e polêmicas (isso a ZH não menciona). Tanto o PVV quanto o Leefbaar Rotterdam protestam contra a indicação do marroquino. O líder do PVV diz, segundo o jornal de Stentor, que "um marroquino como prefeito da segunda cidade da Holanda é tão louco quanto um holandês como prefeito de Meca", e questiona a sua indicação baseando-se em sua dupla nacionalidade. "Leefbaar Rotterdam furioso sobre Aboutaleb" é uma das manchetes do jornal Dag. Segundo o líder Ronald Sorensen, "não é exatamente inteligente escolher um representante de um grupo que causa problemas em toda a Holanda e em Rotterdam".

Estou na Holanda há apenas uma semana. Descontando a superficialidade natural desta opinião, penso que um prefeito marroquino em Rotterdam é um passo interessante para uma convivência étnica pacífica na Holanda, mas o problema é complexo e está longe de ser resolvido. Até porque, mesmo que seja infantil identificar todos os muçulmanos como fundamentalistas e terroristas, há fanáticos dos dois lados; e neste caso holandês, a questão étnica sem dúvida está associada à questão de classe.

sábado, 18 de outubro de 2008

Pianos em Delft!

Eu sou mesmo um cara de sorte. Minha principal preocupação em Delft era não ter como tocar piano. Comprar um piano na Holanda seria muito pouco provável. Pois bem, não apenas existem escolas de música em Delft (o que era esperado, convenhamos), como existe um centro cultural - VAK-Delft - onde é possível também praticar nos vários pianos disponíveis - acho que uns dez. Por 60 euros, direito a 20 horas de prática. E não apenas existe esse local, mas além disso ele está exatamente ao lado do instituto. Não é exagero: o mestrado é na Westvest 7, o centro cultural é na Westvest 9. A primeira prática foi hoje. Piano em perfeitas condições e bem afinado, sala perfeita para tocar.


Abaixo está o piano onde toquei e uma amostra de Lorenzo Fernandez - ainda longe do ideal depois de duas semanas sem tocar (piano é cruel!) e com o ridículo nervosismo quando ligo o gravador (mesmo estando sozinho).



Mijn fiets!

Ou "minha bicicleta", em holandês.



É realmente um prazer andar de bicleta na Holanda. As condições naturais ajudam - tudo é plano aqui, não existem lombas - mas além disso existe uma tremenda estrutura. Ciclovias em praticamente todas as ruas e estradas, bem sinalizadas e respeitadas pelos motoristas. Só não sei se vou gostar de andar de bicicleta na chuva.


Pelada globalizada

É realmente um feito e tanto reunir para uma pelada gente do Brasil, Guatemala, Portugal, Itália, Noruega, Peru e três países africanos e todos os jogadores serem ruins.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pelada

Nada como ser brasileiro... já fui convidado para jogar futebol no sábado. Salão dessa vez, mas geralmente o jogo é em campo de futebol oficial. Vou tentar fazer amizades, pois se depender do futebol dificilmente serei convidado para um segundo jogo.

O paraíso das cervejas

Talvez seja o Locus Publicus, em Delft. Mais de cem cervejas, para todos os gostos. Abaixo duas páginas do cardápio.


Mestrado globalizado

Se é possível fazer um mestrado "globalizado", é aqui no UNESCO-IHE. Já falei com colegas do Uruguai, Bolívia, Alemanha, Vietnam, Sudão, Tanzânia, Índia, Suriname, Albânia, Macedônia, Estados Unidos, Peru, Venezuela, Angola, Moçambique, Itália, e outros... e tive palestras de professores da Holanda, Estados Unidos, Colômbia, Hungria e Alemanha. Só não é uma Babilônia porque todos falam inglês.

Abertura do ano acadêmico

Com direito a passeio guiado pelo centro antigo, passeio de barco pelos canais de Delft, reitor servindo cerveja para os "bixos" após o pronunciamento oficial e comida típica holandesa - incluindo um peixe que eles comem inteiro, cru! Mais ou menos como meter uma sardinha in natura na boca - e engolir.

O paraíso dos livros

Um colega guatemalteco (veterano) foi devolver um livro na biblioteca da TU-Delft (a maior universidade técnica da Europa), e perguntou se queria ir junto para conhecer. De bicicleta, óbvio. É a maior biblioteca técnica da Europa, em formato de cone, com quatro pisos. O eixo do cone fica livre, conforme se vê na foto, de forma que se pode enxergar todos os pisos do térreo (ou o térreo de um dos pisos superiores).





quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Mais sobre bicicletas

Os holandeses tem toda uma relação com as bicicletas. Eles dizem, com o inglês de sotaque britânico deles, que é uma "dutch experience". Algumas coisas interessantes podem ser vistas, além dos enormes estacionamentos, bicicletas em frente de praticamente todas as casas e lojas, etc.

Cena da manhã: ao longo de um imenso estacionamento de bicicletas, várias com uma longa carta pendurada. Não era uma multa, mas quase isso, uma advertência. Segundo meu holandês básico e o dicionário que comprei hoje, a carta informa que a bicicleta foi estacionada em local proibido, e que isso pode resultar em recolhimento e multa da próxima vez. O estacionamento estava lotado.

Tem tanta bicicleta aqui que há inclusive um mercado com alguma complexidade. Os próprio holandeses dizem que não é bom comprar uma bicicleta nova - que custa entre 150 e 900 euros -, pois a chance de roubo é grande. (Talvez por isso a polícia possa multar também quem deixa a bicicleta sem cadeado, tal o número de queixas por roubo). Então, há o mercado de bicicletas de segunda mão, que saem entre 50 e 100 euros. Mas tem também o mercado de bicicletas roubadas. Essas saem por 20 euros.

Como não poderia deixar de ser, eu comprei a minha, de segunda mão. Com um figuraça: egípcio, barba grande embaixo do queixo, terno e quepe (?), falando uma estranha mistura de inglês e holandês com sotaque árabe.

Então, vai começar a "dutch experience". Merecerá um relato. Pensando bem, ela começa tão logo se circula pelas ruas de Delft, onde lá estão elas onipresentes, e continua com a experiência da aquisição, onde o mercado menos nobre fica nas mãos dos não-holandeses.

Chove chuva...

Finalmente choveu aqui em Delft, no quarto dia. Já tava achando estranho, todos os relatos diziam que chove muito por aqui. Foi como aqueles dias de inverno gaúcho, com chuva fina e constante e vento. A diferença é que isso deve ser muito mais frequente aqui, e ainda estamos no outono...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Registros esparsos - e uma questão explosiva

Ontem fiquei devendo uma foto do instituto, aí vai. A foto na verdade é um bom resumo da ópera do que se vê por aqui: um canal, um barco, uma bicicleta, uma árvore com folhas de outono e arquitetura com tijolos à vista.

Abaixo, duas imagens representativas de uma questão explosiva na Holanda: uma muçulmana, provavelmente turca, andando de bicicleta. Os muçulmanos estão em grande número na Holanda (cerca de um milhão em uma população total de 16 milhões), muitas mulheres com as cabeças cobertas na rua. A bicicleta mostra uma certa integração cultural, porém a convivência não é de todo pacífica. Dizem que a maior parte não sabe falar holandês, e vive em comunidades fechadas - "mini turquias dentro da Holanda", como me disse um holandês. Os turcos vieram como mão de obra barata, mas em época de desemprego estrutural parece que não são mais considerados úteis. (Talvez tenha sido uma grande ingenuidade dos holandeses achar que eles voltariam para o seu país). A segunda imagem é no caminho para casa: uma mesquita, lado a lado com uma escola cristã. A famosa tolerância iluminista holandesa, será forte o suficiente para tolerar os últimos dos proletários, aqueles que além de proletários não são nem brancos, nem cristãos e nem ocidentais?


Outras imagens esparsas registradas enquanto caminhava para encaminhar pendências burocráticas: o mercado e a igreja, em lados opostos da praça central (a igreja é um pouco torta mesmo), que seguramente ainda serão melhor explorados (o mercado com um guindaste à frente, pequenos reparos, bom para lembrar que toda obra é obra de um mãos humanas); em frente à igreja, a estátua de Hugo Grotius (http://en.wikipedia.org/wiki/Hugo_Grotius); a estação central de trens; uma das lojas onde se vende a famosa porcelana de Delft (o que também merece uma atenção maior).





segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Primeiros olhares sobre Delft

Meia hora de caminhada ate a escola para os procedimentos burocraticos (matricula, contrato de aluguel, contato com o diretor do curso, etc.), e apos, primeira caminhada pelo centro. Pequena, cerca de cem mil habitantes, muitos deles estudantes. A maior universidade tecnica da Holanda fica aqui. O bairro antigo da cidade - Oude Delft - eh muito bem preservado. Canais, barcos, predios com tijolos `a vista, ruas estreitas, muitos ciclistas, transitando com confianca em vias proprias. Muitos bordos - a arvore que emprestou sua folha `a bandeira do Canada - amarelados pelo outono. Alias, ter uma bicicleta aqui eh quase uma obrigacao. Bicicletas por todos os lados, imensos estacionamentos de bicicletas! Animador para quem nao gosta de automovel, como eu. Alias, agora entendo melhor o significado das "bicicletas brancas" dos PROVOS (mais sobre isso mais tarde). Varios museus, igrejas antigas, muitos bares, restaurantes e cafes. Mesmo pequena, muito para conhecer.

Vista do apartamento ao nascer do sol (um pouco mais `a direita ha alguns containers de lixo, mas tomei a liberdade poetica de exclui-los da foto)

a caminho da escola...


ainda a caminho...


seguindo...


adiante...

mais um pouco...


canal bem em frente `a escola



Fiquei devendo uma foto da escola. A seguir fotos de Oude Delft, que fica junto ao instituto: