Os holandeses tem toda uma relação com as bicicletas. Eles dizem, com o inglês de sotaque britânico deles, que é uma "dutch experience". Algumas coisas interessantes podem ser vistas, além dos enormes estacionamentos, bicicletas em frente de praticamente todas as casas e lojas, etc.
Cena da manhã: ao longo de um imenso estacionamento de bicicletas, várias com uma longa carta pendurada. Não era uma multa, mas quase isso, uma advertência. Segundo meu holandês básico e o dicionário que comprei hoje, a carta informa que a bicicleta foi estacionada em local proibido, e que isso pode resultar em recolhimento e multa da próxima vez. O estacionamento estava lotado.
Tem tanta bicicleta aqui que há inclusive um mercado com alguma complexidade. Os próprio holandeses dizem que não é bom comprar uma bicicleta nova - que custa entre 150 e 900 euros -, pois a chance de roubo é grande. (Talvez por isso a polícia possa multar também quem deixa a bicicleta sem cadeado, tal o número de queixas por roubo). Então, há o mercado de bicicletas de segunda mão, que saem entre 50 e 100 euros. Mas tem também o mercado de bicicletas roubadas. Essas saem por 20 euros.
Como não poderia deixar de ser, eu comprei a minha, de segunda mão. Com um figuraça: egípcio, barba grande embaixo do queixo, terno e quepe (?), falando uma estranha mistura de inglês e holandês com sotaque árabe.
Então, vai começar a "dutch experience". Merecerá um relato. Pensando bem, ela começa tão logo se circula pelas ruas de Delft, onde lá estão elas onipresentes, e continua com a experiência da aquisição, onde o mercado menos nobre fica nas mãos dos não-holandeses.
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