terça-feira, 14 de outubro de 2008

Registros esparsos - e uma questão explosiva

Ontem fiquei devendo uma foto do instituto, aí vai. A foto na verdade é um bom resumo da ópera do que se vê por aqui: um canal, um barco, uma bicicleta, uma árvore com folhas de outono e arquitetura com tijolos à vista.

Abaixo, duas imagens representativas de uma questão explosiva na Holanda: uma muçulmana, provavelmente turca, andando de bicicleta. Os muçulmanos estão em grande número na Holanda (cerca de um milhão em uma população total de 16 milhões), muitas mulheres com as cabeças cobertas na rua. A bicicleta mostra uma certa integração cultural, porém a convivência não é de todo pacífica. Dizem que a maior parte não sabe falar holandês, e vive em comunidades fechadas - "mini turquias dentro da Holanda", como me disse um holandês. Os turcos vieram como mão de obra barata, mas em época de desemprego estrutural parece que não são mais considerados úteis. (Talvez tenha sido uma grande ingenuidade dos holandeses achar que eles voltariam para o seu país). A segunda imagem é no caminho para casa: uma mesquita, lado a lado com uma escola cristã. A famosa tolerância iluminista holandesa, será forte o suficiente para tolerar os últimos dos proletários, aqueles que além de proletários não são nem brancos, nem cristãos e nem ocidentais?


Outras imagens esparsas registradas enquanto caminhava para encaminhar pendências burocráticas: o mercado e a igreja, em lados opostos da praça central (a igreja é um pouco torta mesmo), que seguramente ainda serão melhor explorados (o mercado com um guindaste à frente, pequenos reparos, bom para lembrar que toda obra é obra de um mãos humanas); em frente à igreja, a estátua de Hugo Grotius (http://en.wikipedia.org/wiki/Hugo_Grotius); a estação central de trens; uma das lojas onde se vende a famosa porcelana de Delft (o que também merece uma atenção maior).





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