Budapest - a pronúncia é à carioca, Budapext - é o resultado da união de duas antigas cidades, Buda e Pest, cada qual de um lado do Rio Danúbio. A cidade é bonita, muito ecletismo na arquitetura, na qual é possível notar desde influências orientais até os horríveis prédios funcionais estalinistas, pasando por gótico e barroco. Duas colinas das quais se pode apreciar a vista. Não deu tempo de ver tudo - por exemplo, os famosos banhos termais de Budapest. Uma estátua de Garibaldi ao lado do Museu Nacional - confesso que não sei o que ele fez por lá.
Os húngaros não são lá muito simpáticos - talvez os estalinistas-bolcheviques os tenham maltratado demais. Enquanto na Holanda quando se entra em uma loja se ouve um cantado "haalooooo" e quando se vai embora outro cantado "daaaaaaag", tudo acompanhado por um sorriso, na Hungria a coisa é bem mais seca, e sem sorrisos. E quase ninguém fala inglês, é preciso ter alguma habilidade com a mímica.
A língua húngara é suave, não é indo-européia (tem parentesco com o finlandês), e por incrível que pareça a sonoridade me pareceu semelhante à do chinês. Segundo a Wikipedia, através da aglutinação de sufixos o húngaro pode ter palavras como megszentségteleníthetetlenségeskedéseitekért - "por seus reiterados fingimentos de ser improfanável".
Nos restaurantes, as porções são pelo menos três vezes maiores do que as holandesas. E uma anedota que me contaram por lá, jurando que é verdade: quando a novela Escrava Isaura foi exibida na Hungria, muitos húngaros, em comovente ato de solidariedade, começaram uma campanha de arrecadação de fundos para... libertar a escrava.