sábado, 21 de março de 2009

Tecnologias holandesas

Obviamente que a tecnologia holandesa não vive só de super-guarda-chuvas.

Para quem manja de tratamento de água e efluentes líquidos, algumas tecnologias interessantes foram desenvolvidas na Holanda.

Em Scheveningen, visitamos no programa de mestrado uma estação de tratamento onde eles usam as dunas naturais como filtro para tratamento de água. Inclusive bombeiam água do Rio Maas para as dunas. Apenas um pré-tratamento na água do Maas (para preservara s dunas) e um pós-tratamento, e água está pronta para beber. A água aqui é muito melhor, organolepticamente falando, porque os holandeses não são adpetos da cloração.



(Por falar em "Scheveningen", que é um balneário e região de pescadores, esse nome era usado para reconhecer alemães durante a guerra. Só os holandeses conseguiam pronunciar corretamente).

Em Delft foi desenvolvido o processo anammox, um processo de remoção de nitrogênio que atalha o ciclo tradicional, pois a denitrificação é feita a partir de nitrito e amônio. O processo é aneróbio autotrófico, de forma que se poupa muita energia de aeração, e o tempo de residência no decantador primário pode ser aumentado - o posterior tratamento anaeróbio do lodo desse decantador primário, com produção de metano, deixa o processo perto da auto-suficiência energética. A estação de tratamento de esgoto de Rotterdam já utiliza o processo annamox (full scale).

NH4+ + NO2- = N2 + 2H2O

E o já conhecido reator UASB - anaerobic upflow sludge blanket - foi desenvolvido na Universidade de Wageningen. Recentemente o professor Gatze Lettinga (o pai da criança) recebeu o "nobel do meio ambiente" pelo artefato.


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