Um dos pensadores contemporâneos de que mais gosto, Robert Kurz, pisou na bola ao defender os ataques israelenses a Gaza. É verdade que grande parte da desnorteada esquerda tradicional também o faz, ao apoiar sem ou quase sem crítica grupos terroristas como o Hamas - alguns mais entusiasmados chegam até a vestir camisetas de Osama Bin Laden, que devem usar quando a do Che Guevara está para lavar. Kurz está certo neste ponto: criticar essa esquerda moribunda, tudo bem. Podem aflorar elementos anti-semitas latentes? Podem. Agora, defender a guerra insana e assassina de Israel como "auto-defesa" em nome de uma "paz capitalista precária" é além da conta. Kurz cometeu uma grosseria conceitual ao pura e simplesmente identificar, sem nuances, a crítica de Israel no caso histórico concreto com o anti-semitismo e o apoio ao terrorismo islâmico. Talvez consciência pesada de alemão?
De resto, aqui mesmo neste blog postei o vídeo dos Shministim israelenses para destacar o que deveria ser óbvio: há fissuras e linhas de fuga dos dois lados. Há tanto israelenses que se opõe à teocracia, ao fascismo, ao terrorismo de Estado, quanto palestinos que que lutam por seus direitos sem compactuar com o terrorismo islâmico. Estou do lado destes dois grupos, independentemente da nacionalidade. Nenhum dos dois lados do conflito merece adesão - muito pelo contrário - mas isso não implica que compactue com carnificinas.
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