segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Escutas

Certas músicas marcam na primeira audição. Essa é do velho conhecido de leituras Raoul Vaneigem, com música de Francis Lemmonier.



La vie s'écoule, la vie s'enfuit

La vie s'écoule, la vie s'enfuit
Les jours défilent au pas de l'ennui
Parti des rouges, parti des gris
Nos révolutions sont trahies
Parti des rouges, parti des gris
Nos révolutions sont trahies

Le travail tue, le travail paie
Le temps s'achète au supermarché
Le temps payé ne revient plus
La jeunesse meurt de temps perdu
Le temps payé ne revient plus
La jeunesse meurt de temps perdu

Les yeux faits pour l'amour d'aimer
Sont le reflet d'un monde d'objets.
Sans rêve et sans réalité
Aux images nous sommes condamnés
Sans rêve et sans réalité
Aux images nous sommes condamnés

Les fusillés, les affamés
Viennent vers nous du fond du passé
Rien n'a changé mais tout commence
Et va mûrir dans la violence
Rien n'a changé mais tout commence
Et va mûrir dans la violence

Brûlez, repaires de curés,
Nids de marchands, de policiers
Au vent qui sème la tempête
Se récoltent les jours de fête
Au vent qui sème la tempête
Se récoltent les jours de fête

Les fusils sur nous dirigés
Contre les chefs vont se retourner
Plus de dirigeants, plus d'État
Pour profiter de nos combats.
Plus de dirigeants, plus d'État
Pour profiter de nos combats.

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A vida escorre [se esgota]*, a vida foge

A vida escorre [se esgota]*, a vida foge
Os dias desfilam no ritmo do tédio
Partido de vermelhos, partido de cinzas
Nossas revoluções são traídas
Partido de vermelhos, partido de cinzas
Nossas revoluções são traídas

O trabalho mata, o trabalho paga
O tempo é comprado no supermercado
O tempo pago não volta mais
A juventude morre de tempo perdido
O tempo pago não volta mais
A juventude morre de tempo perdido

Os olhos feitos para o amor de amar
São o reflexo de um mundo de objetos
Sem sonho e sem realidade
Às imagens somos condenados
Sem sonho e sem realidade
Às imagens somos condenados

Os fuzilados, os famintos,
Vem a nós do fundo do passado
Nada mudou mas tudo começa
E vai amadurecer na violência
Nada mudou mas tudo começa
E vai amadurecer na violência

Queimem, abrigos de padres,
Ninhos de comerciantes, de policiais
Ao vento que semeia a tempestade
Se colhe os dias de festa
Ao vento que semeia a tempestade
Se colhe os dias de festa

Os fusis contra nós dirigidos
Contra os chefes vão retornar
Não mais dirigentes, não mais Estado
Para lucrar com nossas lutas
Não mais dirigentes, não mais Estado
Para lucrar com nossas lutas

(*) La vie s’écule : "a vida escorre", mas também "a vida se vende até acabar o estoque", "é colocada em circulação", "se debita"...

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