O pintor Vermeer, "o mestre da luz", nasceu e viveu em Delft, e por isso mereceu o Vermeer Centrum. Não é exatamente um museu, pois os originais não estão lá (estão espalhados entre Amsterdam, Haia e outras), mas vale a visita. Vermeer viveu no século XVII, a era de ouro da Holanda, que com a Companhia das Índias viveu o período mais próspero de sua história. As artes e as ciências floresceram na cidade.
Vermeer retratava a vida da burguesia de Delft nesta época, com excelente técnica para representar luz, cores e reflexos. Seus quadros geralmente expressam situações de paz, tranquilidade, harmonia, alegria:
Agora um pouco de ácido crítico que não estava expresso no centro: há algo de cruel em Vermeer. Ele parece retratar a utopia burguesa de dominação sem resistência. Os empregados sempre aparecem absolutamente submissos; não há o menor traço de dialética, de não-idêntico. A crueldade se torna mais patente quando se pensa que a tranquilidade e o luxo de Delft no século XVII eram sustentados pelo sangue da escravidão da Companhia das Índias. Tudo bem, nada disso tira o mérito de Vermeer como pintor. Reparar no reflexo da leitora da carta, na janela, acima. Mestre da luz.
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